O ano de 2025 traz boas perspectivas para o mercado agrícola brasileiro, com a expectativa de uma supersafra de grãos. A colheita recorde de produtos como soja, milho e trigo, em função de boas condições climáticas e aumento da produtividade, deve resultar em uma redução nos preços desses itens, beneficiando consumidores e setores que dependem dessas commodities. No entanto, o cenário é diferente para outros segmentos da cadeia de alimentos, especialmente o setor de carnes, que deverá enfrentar uma alta de preços nos próximos meses.
A supersafra brasileira, projetada para este ano, é uma excelente notícia para o país, já que o Brasil se consolidará ainda mais como um dos maiores produtores e exportadores de grãos do mundo. A produção abundante tem potencial para equilibrar os preços no mercado interno, dando alívio ao orçamento de famílias e empresas que consomem grãos e derivados. Além disso, a expectativa é que a oferta maior também favoreça o mercado internacional, com o Brasil expandindo ainda mais suas exportações.

Entretanto, a situação é diferente no setor de carnes, que deverá enfrentar aumento nos preços. O cenário de inflação nos custos de produção, como o aumento do preço dos insumos e da alimentação dos animais, além da demanda aquecida por carne no mercado externo, pode levar a um reajuste nos preços de carne bovina, suína e de frango. O Brasil, um dos maiores exportadores de carne do mundo, deve enfrentar essa pressão nos custos que pode impactar diretamente o bolso do consumidor no mercado interno.
A relação entre a oferta abundante de grãos e o aumento das carnes reflete um cenário de contrastes dentro da economia agrícola. Enquanto o mercado de grãos tem boas notícias com a previsão de preços mais baixos, o mercado de carnes é impulsionado por desafios econômicos globais e questões internas, que tornam a expectativa de alta preços mais realista.

Portanto, 2025 será um ano de preços volúveis no setor alimentício. Se, por um lado, o consumidor pode comemorar a queda nos preços de grãos, por outro, é preciso se preparar para o aumento no custo das carnes. O equilíbrio entre essas forças será essencial para o cenário econômico do país nos próximos meses, e os produtores, governos e consumidores terão que ajustar suas expectativas diante dessas variáveis.


