Encontro Trump-Lula pode redefinir eixo comercial Brasil-EUA e gerar ganhos econômicos estratégicos

A reunião entre Donald Trump e Luiz Inácio Lula da Silva no fim de outubro de 2025, durante a cúpula da ASEAN, abre caminho para negociações comerciais que podem reduzir tarifas e ampliar exportações brasileiras. O encontro representa uma rara convergência de interesses práticos entre dois líderes

O encontro, ocorrido em Kuala Lumpur, foi centrado em tarifas de exportação e acordos bilaterais estratégicos. Desde 2023, produtos agrícolas e industriais brasileiros enfrentam barreiras comerciais crescentes no mercado norte-americano, com impacto direto sobre o agronegócio e setores industriais nacionais. Trump, agora com forte influência na política econômica americana, indicou disposição para flexibilizar taxas em setores estratégicos, especialmente commodities agrícolas, proteína animal e aço.

Para o Brasil, uma redução tarifária desse porte representaria bilhões de dólares em potencial de exportação, reforçando a balança comercial e beneficiando diretamente o agronegócio, indústrias de base e produtores do interior. Estados como Mato Grosso, Goiás, Minas Gerais e São Paulo seriam os mais favorecidos, com possível geração de empregos e novos investimentos logísticos.

Do lado americano, a estratégia de Trump é pragmática: garantir abastecimento de produtos agrícolas e industriais a preços competitivos, reforçando sua agenda de fortalecimento interno sem depender de países asiáticos. Ao negociar com o Brasil, ele equilibra a balança comercial e pressiona outros parceiros como a China em uma disputa geopolítica direta.


Embora politicamente distantes, Trump e Lula encontraram um terreno comum onde interesse econômico fala mais alto que ideologia. Para o Brasil, um eventual acordo seria um alívio fiscal e um empurrão logístico para setores produtivos que carregam boa parte do PIB. Para Trump, é uma jogada geopolítica cirúrgica, consolidando sua estratégia de “América forte” sem fechar portas comerciais seletivamente vantajosas. A direita econômica vê esse movimento como oportunidade de ouro para destravar potencial produtivo interno e reduzir dependência de blocos protecionistas.

Direto da redação: Wesley Bruno.

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