Em Governador Valadares, Minas Gerais, surfistas locais têm aproveitado as cheias do Rio Doce para praticar o esporte em condições inusitadas. Com a elevação do nível do rio devido às chuvas intensas, formam-se ondas e correntezas que desafiam até os mais experientes.
Paulo Guido, empresário de 53 anos com 40 anos de experiência no surfe, é um dos entusiastas dessa prática. Ele e um grupo de amigos surfam no Rio Doce desde 1989, especialmente durante a temporada de chuvas, quando o volume de água aumenta e proporciona condições propícias para o surfe. “Quando o rio está bem cheio, sempre surfo com outro colega experiente que possa me socorrer em caso de risco”, destaca Guido. A prática ocorre geralmente na zona rural, dentro do Parque Natural Municipal de Governador Valadares, onde as correntezas são mais intensas. Os surfistas atravessam o rio de caiaque, rebocando as pranchas, e seguem por trilhas até pontos estratégicos para iniciar o surfe.
Apesar da adrenalina e da paixão pelo esporte, as autoridades locais, como a Defesa Civil e o Corpo de Bombeiros, desaconselham a prática devido aos riscos envolvidos. O aumento do volume do rio eleva o perigo de inundações e torna as águas mais turbulentas e imprevisíveis, além de potencialmente poluídas e inadequadas para banho.
Portanto, é fundamental que os praticantes estejam cientes dos riscos e tomem todas as precauções necessárias, incluindo o uso de equipamentos de segurança e a companhia de parceiros experientes, para minimizar os perigos associados a essa atividade.
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